sábado, 21 de março de 2009

FLÁQUER, José Luiz














(Itu – SP, 1854/ Santo André, 1924) Médico.
Assim que entrou na escola de medicina da Corte (Rio de Janeiro?), em 1870, identificou-se com o movimento em favor da abolição da escravatura e da República. Em 1873, aos 19 anos, foi o convencional mais jovem a participar da Convenção Republicana realizada em sua cidade natal. Em virtude das dificuldades financeiras enfrentada pelos pais com a libertação dos escravos, interrompe os estudos e vem para São Paulo, onde passa a dar aulas na famosa Loja América, maior centro republicano do País presidido por Américo Brasiliense de Almeida Melo e que reunia os principais líderes republicanos. Em 1877 forma-se na Escola Normal de São Paulo, sendo nomeado professor para a primeira escola da região, que funcionou na chácara dos Padres. Na então São Bernardo, José Luiz recebia escravos fugidos, enviados pelo amigo Antônio Bento, para serem encaminhados para o Quilombo em Santos. O chefe dos guias destes negros que iam para Santos era Joãozinho Teco, o Coronel Oliveira Lima. Ao chegarem a Santos estes negros eram entregues a Júlio Maurício, que os levava até a fazenda Quilombo. Em 1880 José Luiz foi eleito primeiro Juiz de Paz de São Bernardo pelo Partido Republicano. De volta à Escola de Medicina termina o curso em 1881, tornando-se o primeiro médico da região e da Cia. São Paulo Railway. Em 1891 foi eleito deputado para a primeira Constituinte Estadual. Em 1897 (?), junto com dr. Thomaz Galeão de Carvalhal, prestou atendimento médico gratuito durante a epidemia de febre amarela que assolou Santos, atendendo toda a região. Pelo serviço prestado, o imperador D. Pedro II concedeu-lhe a comenda da Ordem da Rosa. Por ser republicano, José Luiz recusou a honraria. (p. 59 do livro “Famílias v. 2”). Em 1898 foi eleito deputado federal na vaga do dr. Paulo Queiroz, que renunciou ao cargo para assumir a Secretaria da Fazenda. Em 1902 volta à Câmara dos deputados estaduais, da qual foi vice-presidente entre 1908 e 1909. em 1910 foi eleito senador estadual, sempre se reelegendo para o carfo, até a morte em 19??. Em 1914, por conta das dificuldades que os trabalhadores enfrentavam por causa da 1ª Grande Guerra, José Luiz organizou e dirigiu uma Comissão de Socorro aos Necessitados. Ele mesmo, auxiliado pelo filho Antonico, distribuía os mantimentos arrecadados junto a seus amigos políticos e comerciantes. Neste mesmo ano elegeu-se vereador na vaga de seu irmão, Coronel Alfredo Luiz Flaquer, que renunciou ao cargo de vereador e prefeito. Em 1916 foi eleito presidente da Câmara Municipal de São Bernardo. Em 1918, durante a epidemia de gripe espanhola que assolou a região, mesmo doente e contra as indicações dos médicos, José Luiz atende a população da região, uma vez que os doutores Francisco Perrone e Nuno Guerner, médicos da região, encontravam-se enfermos por causa da epidemia. Em 1922 ao entrar no plenário do Senado Estadual para votar a lei que instituía o Museu Republicano, foi recebido em pé e aclamado por todos os senadores. Um ano mais tarde voltou à cidade natal para comemorar o cinqüentenário da Convenção Republicana e a instalação do Museu Histórico Republicano pelo presidente Washington Luiz, no Solar dos Almeida Prado. Em 1924, mesmo doente, comparece à convenção do Partido Republicano que escolheu Carlos de Campos como o candidato do partido ao Governo Estadual. Mais uma vez foi o velho senador foi homenageado pelo público. Senador Flaquer morreu em sua velha casa em Santo André em 5 de dezembro de 1924. Uma grande multidão, além do governador Carlos Campos e seu secretariado acompanhou o enterro no Cemitério da Saudade. Em 1872 casou-se com Eliza de Menezes Camargo com quem teve os filhos.

2 comentários:

  1. Obrigado por relatar a historia da nossa família!!!!
    Um Grande abraço, Alexandre Flaquer

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  2. Muito bom conhecera historia de pessoas como ele. Gostaria de ter contato com sua descendência para ver fotos e saber mais sobre Elisa Flaquer.

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